segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

JANELA DO DIA


1.

O aumento do horário de trabalho em meia hora diária não avançará, garantiu hoje Carvalho da Silva, alertando que o acordo que está a ser cozinhado na concertação social representa um retrocesso histórico

A CGTP abandonou a reunião meia hora antes por não se rever no texto que está a ser acertado entre as partes. Carvalho da Silva disse que estão a ser acertado os pormenores de um eventual acordo.

2.

A agência de notação Standard & Poor's anunciou o corte do rating da maioria dos países da Zona Euro, entre os quais a França, que perdeu a nota máxima, e Portugal, Espanha e Itália, que baixaram dois níveis.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, considerou hoje que a agência Standard & Poor’s usou o corte de rating aos países da zona euro para fazer política, o que é perigoso.

3.

O grupo de trabalho criado pelo governo para analisar a reestruturação dos transportes públicos defende que o Governo deve dotar a Carris de meios financeiros para concretizar medidas resultantes da redução do serviço, nomeadamente a saída de cerca de 300 trabalhadores.

4.

Um despacho da Lusa, datado de 13 de Janeiro, informava que uma rapaziada do PSD
nega que alguma vez esteja em curso a extinção da área de cultura da Lusa, apenas um reagrupamento, uma reestruturação numa lógica de contenção de custos, blá, blá, blá, rebeubeu-pardais-ao-ninho.

A opinião de Ruy Filipe Nery:

O Ministério da Cultura reduzido a Secretaria de Estado; um corte de quase um terço no orçamento da Cultura; os organismos de produção artística do sector público amalgamados num monstro ingerível; os concursos para apoio à produção de Cinema suspensos; cortes unilaterais de 30% nos subsídios já contratualizados com os produtores... artísticos; extinção dos cargos de Portugal junto da UNESCO e de presidente da Comissão Nacional da UNESCO; e agora a agência noticiosa do Estado a suprimir a secção de Cultura. O que esta gente tem pela Cultura já não é só desprezo, é uma espécie de alergia militante que ora inspira alguma repulsa ou, noutra óptica, pode até despertar uma certa comiseração, porque revela sobretudo um primarismo e uma grosseria essencial confrangedores. Mais do que uma visão cultural de Direita, que em si mesma teria uma legitimidade própria, esta gente faz gala de ostentar uma rejeição liminar da dignidade da Cultura, a lembrar a frase célebre do general franquista Millán Astray: 'Morra a Inteligência! Viva a Morte!'

5.

Em Espanha, o governo de direita de Mariano Rajoy, também desvaloriza a cultura, remetendo a cultura para um Ministério que engloba a Educação e o Desporto.

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