Por norma os fins-de-semana são dias parcos em notícias, os políticos os fala-barato, vão arejar e, apenas ficam as outras notícias, normalmente mortes outras tragédias, por vezes, um acontecimento feliz.
É um tempo propício para colocar à janela o que, nos últimos dias fui lendo pela concorrência.
1.
Há dias que me irrita de uma forma menos latente, a estranheza que está dentro de mim, aquela coisa que se esconde por detrás de tudo, até do espelho.
Já nem sei se me incomoda ter voltado a viver o tempo das dúvidas e incertezas. Na meninice também era um pouco assim, embora obtivesse mais respostas e partisse para outra pergunta, afastando-me da "terra das incertezas".
É por isso que me pergunto muitas vezes: «porquê esta busca pela sabedoria e conhecimento, se isso isso só nos torna mais infelizes, só faz com que nos esqueçamos de nós e das pequenas coisas que nos dão prazer?»
Só pode ser mesmo porque sim...
O óleo é de Iman Maleki
Luís Eme no Largo da Memória.
2.
As nomeações para a EDP são um mimo. Catroga, Cardona, Teixeira Pinto, Rocha Vieira, Braga de Macedo... isto não é uma lista de órgãos societários, é a lista de agradecimentos de Passos Coelho. O impudor é tão óbvio nas nomeações políticas que nem se repara que até o antigo patrão de Passos, Ilídio Pinho, foi contratado.
Passos reincide na fórmula tenebrosa da Caixa Geral de Depósitos, reforçando a dose: dois cavaquistas (Catroga e Rocha Vieira), dois passistas (Braga e Teixeira Pinto) e um CDS (Celeste Cardona, a mulher mais polivalente de Portugal, já foi ministra, banqueira e agora será conselheira na Energia).
Duas linhas para Ilídio Pinho: é um grande empresário, está ligado ao Oriente e não precisa deste cargo para nada. Precisam talvez as suas empresas. E é pouco recomendável ver metido nisto o accionista e membro dos órgãos da Fomentivest, onde trabalhava Passos Coelho. O próprio devia sabê-lo - e não aceitar.
Alexandre Soares dos Santos, citado pelo Arrastão
3.
O ordenado de Eduardo Catroga equivale a 7 anos de ordenado mínimo. O valor de mercado do senhor não sei, mas deduzo que o mesmo só possa ser avaliado se tiver um chorrilho de ofertas para trabalhar aqui e ali. Será o caso? Duvido muito.
Patrícia Reis no Delito de Opinião
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