Por uma semana de Dezembro, a revista Actual do Expresso, publicava um top de vendas de livros.
Reparou então que entre os livros mais vendidos dessa semana, estavam O Último Segredo de José Rodrigues dos Santos, Minha Querida Inês de Margarida Rebelo Pinto, Um Político Assume-se. Mário Soares
Com o Natal a bater à porta o velho dilema de sempre: o que oferecer?
Entre um par de meias ou umas cuecas há quem se lembre que um livro calha sempre bem, mesmo que a pessoa, a quem o livro se destina, nem sequer saiba ler.
O importante é despachar a obrigatoriedade de oferecer o que quer que seja.
É assim que uma série de gente vende milhares de livros.
Claro que disse vender não quis dizer que alguém leia esses livros.
Muitos, depois de desembrulhados, ficam a um canto do armário para serem oferecidos a alguém no próximo Natal, se não for antes.
Um pouco a despropósito lembrou-se de uma história contada pelo José Mário da Silva:
Os amantes dos livros gostam de oferecer livros, geralmente a pessoas que não gostam assim tanto de livros. Mas as pessoas que não gostam assim tanto de livros raramente oferecem livros aos amantes dos livros porque, dizem, “o mais certo é já teres”. Assim sendo, em épocas como o Natal, há pessoas que não gostam assim tanto de livros a receber muitos livros que nunca lerão e que teriam feito a felicidade dos amantes dos livros, porque os amantes dos livros, contrariamente aos mitos urbanos que circulam entre as pessoas que não gostam assim tanto de livros (talvez levadas ao engano pelo tamanho considerável das bibliotecas dos amantes dos livros), estão longe de ter tudo o que de interessante se publica em Portugal, quanto mais no mundo.
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