sábado, 28 de janeiro de 2012

POSTAIS SEM SELO


E disse-me que a pele dela era uma fronteira. Banal. Ao fim de tanto tempo, quando lhe toco regresso a casa. Ainda mais banal. Espera, disse ele. Às vezes fico de fora, sem rockets nem aviões silenciosos. E para onde vais? Para lado nenhum. Vivo na fronteira.
É o que acontece quando se partilha um risco no chão tempo demais.


Filipe Nunes Vicente

Legenda: fotografia de Idílio Freire

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