quarta-feira, 29 de outubro de 2025

À LUPA

Num dos seus primeiros poemas, disse Sophia:

Tudo me é uma dança em que procuro

A posição ideal,
Seguindo o fio dum sonhar obscuro
Onde invento o real.

À minha volta sinto naufragar
Tantos gestos perdidos
Mas a alma, dispersa nos sentidos,
Sobe os degraus do ar…

Contam os filhos, que Sophia gostava de dançar, e dançava em casa, nas pedras dos passeios, ao mesmo tempo que recitava poemas em voz alta.

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