quarta-feira, 22 de outubro de 2025

FEVEREIRO DE 2014: A GUERRA É A GUERRA


 Como fazer para parar a Guerra da Ucrânia?

Aparentemente, não há um fim à vista.

A entrada em cena de Donald Trump veio prejudicar, ainda mais, o que parece vir a acontecer: uma guerra interminável.

Teresa de Sousa, no Público de 19 de Setembro, coloca em título uma frase esmagadora:

«Trump dá (mais) duas semanas a Putin para destruir a Ucrânia»

E acrescenta:

«Toda a gente sabe que o Presidente russo não aceita nada menos do que a capitulação de Kiev. A sua estratégia imperial não é compatível com qualquer solução que não seja uma vitória.

Quantas vezes já vimos esta cena? Quando tudo levava a crer que Donald Trump, frustrado com os resultados da cimeira do Alasca, impressionado com a capacidade de resistência dos ucranianos, desejoso de somar o “nono” sucesso na resolução de conflitos que duravam “há 3 mil anos”, parecia disponível para fazer a balança cair para o lado a Ucrânia, tivemos na sexta-feira, directamente da Casa Branca, um espectáculo que nos diz o contrário.

A frase mais repetida pelo Presidente americano foi a seguinte: “Putin quer a paz.” Falou com ele ao telefone, na quinta-feira, durante duas horas e meia. “Foi uma conversa muito boa.” Da qual o único resultado do qual temos a certeza foi que Vladimir Putin conseguiu mais duas semanas – são quase sempre duas semanas – para continuar a bombardear a Ucrânia, destruindo cidades, matando civis, garantindo que os ucranianos vão enfrentar mais um Inverno com as suas centrais térmicas destruídas ou danificadas. Quanto aos célebres mísseis Tomahawk, fica para próximo encontro. Talvez em Budapeste.

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