Rua
Azedo Gneco em 1949.
Onde?
Será
Chaves? Será Vila Real? Será Porto? Será Lisboa?
Por
vezes, o Eduardo, quando fala de ruas, nem sempre indica a cidade.
Importa
saber?
Rua
Azedo Gneco em 1949.
O
Eduardo fala de escadas de serviço, junto-lhe traseiras de casas, de que tanto
gosto. Vão desaparecendo na voragem dos prédios demolidos para abrir
construções novas.
«Rua Azedo em 1949. Nas
escadas de serviço: corridas, perseguições, casas abandonadas, outras escadas
de serviço. O terrível pormenor de uma tesoura aberta, a discussão, o pontapé a
atingir-lhe o sexo que logo ali sangrou. Daí. A clínica, raios ultra-violetas,
vergonha, e um sinal agora nítido na erecção que talvez excite e interesse e
que lhe faz recordar uns clandestinos pães com marmelada ou os livros Zé
Fagulha comprados em Natal precário de que mais tarde se fala nas obras
completas ao referir a destruição de qualquer coisa a exigir muitas mais
páginas.»
Eduardo Guerra Carneiro em É Assim que se Faz a História
Legenda:
fotografia Shorpy

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