Ao
António Rego Chaves
Sobre as árvores
encolhidas que gastavam
a ternura de tudo;
severo,
o céu desajeitado
avolumou-se.
Na testa do silêncio ao
pé dos montes
as pedras adoecem entre
o sangue
derrota que se imprime
por palavras
se imite diminuta nos
alqueives.
Sob a capa da terra e
no alcance
dos dedos de fora inesperados
a rotura simples dum
soluço
ferindo o estrume em
breves plantas novas.
Ao longe o grito do
abraço em pé
com as vergonhas
cobertas de papel
os prumos os cabos o
pão um ovo
o vinho deitado, aqui ao pé do choro.
Armando Silva Carvalho em Lírica Consumível
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