Tereza Batista Cansada de Guerra
Jorge Amado
Capa: Manuel
Dias
Círculo de
Leitores, Lisboa, Maio de 1983
O mar se abriu e se fechou. Tereza suspira aliviada.
Gereba pergunta’
- Tem mais algum? Se tem, a gente aproveita e joga no mar.
por aqui perto descarreguei a minha falecida.
Tereza lembrou-se daquele que não chegara a ser,
arrancado do seu ventre antes da hora do nascimento. Pôs a mão sobre a de
mestre Januário Gereba, Janu do bem-querer, fazendo-o mover o leme, mudar o
rumo da saveiro, dirigindo-o para pequena enseada entre bambus na margem do
golfo, escondido remanso. Estende-se Tereza na popa do saveiro:
- Venha e me faça um filho, Janu.
- Sou bom nisso como quê.
Ali, na barra da manhã, rio e mar.

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