À memória do José Carlos González
e do José Sebag
Foram tantas que a
memória
latejando ao
recordá-las
mal consegue desenhar
as cores às suas
formas.
Eram feitas de amizade,
de solidão, quantas
vezes,
afáveis por natureza
à espera de quem
chegasse.
E sabiam ler os livros
que sobr’ elas se
sonhavam
que um dia seriam
escritos
com ilusões sem
palavras.
Pois da sua clientela
aqueles que mais amavam
eram apales poetas
norteados por miragens.
E restarão pelos tampos
marcas de encontros
marcados
quando um amor rutilava
e um outro apagava a
chama.
Foram tantas: a
lembrança
delas penetra no peito
como gume que, matando
embora, cause deleite.
António
Salvado em Essa História
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