deixa-me para além das
nuvens
no grande descanço das
coisas mortas
esquecido
no centro da própria
recordação do que se perdeu
levado pela crueldade
dos meus próprios dedos
deixa que tudo seja a
sombra
dos rostos solitários
pelo sangue talvez
sonho
mas nunca nunca
a solidão da realidade
deixa que o isolamento
do meu corpo
seja o teu próprio
isolamento
que os meus lábios te vejam
mais uma vez
a última única primeira
talvez só para mim
dá-me aquilo que nunca
te pedi
mas vai
vai só verdadeira.
Mário-Henrique
Leiria em Poesia
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