Ao longo dos anos, temos vindo a assistir a este filme: salas de cinema que vão fechando, salas que continuarão a fechar. É o que se lê, hoje, no Público, num artigo assinado por Joana Amaral Cardoso:
«Neste ano fecharam 37
salas de cinema em multiplex e mais nove estarão em vias de se apagar
Desde o início do ano, Portugal perdeu 37 ecrãs de cinema e está em vias de ver
extinguirem-se mais nove, num total de 46, fruto do encerramento dos multiplexes,
ou conjuntos de multissalas, da Nos, Cineplace e UCI nas localidades da Maia,
Vila Nova de Gaia, Viseu, Tavira, Guia, Seixal e Funchal. Num momento em que a
exibição cinematográfica em sala tenta acompanhar os níveis de receitas e
afluência de 2024 — tendo perdido, até ao final de Setembro, 4,3% dos espectadores
face ao mesmo período do ano anterior —, estes encerramentos resultam tanto de
decisões dos exibidores como dos promotores dos espaços, os proprietários dos
centros comerciais. Os multiplexes estarão a perder rentabilidade numa crise
mais ou menos silenciosa da exibição?
No último mês foi noticiado pela agência Lusa o fecho dos cinemas do Maia Shopping
e do Tavira Grand Plaza, ambos da Nos Cinemas. Entretanto fecharam as seis
salas do Fórum Viseu, também da Nos Cinemas. E, como noticiou a Lusa há um mês,
também o Arrábida Shopping, em Vila Nova de Gaia, pode perder nove dos seus 20
ecrãs, explorados pela UCI Cinemas (a terceira maior exibidora do país). A
desafectação do espaço correspondente às nove salas da actividade
cinematográfica, que por lei tem de ser feita por pedido à Inspecção-Geral das
Actividades Culturais (IGAC), já foi autorizada. O centro comercial pertence à
Sonae Sierra. A maioria destas 20 salas continua em funcionamento à data de
publicação desta notícia.»
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