sexta-feira, 1 de julho de 2011

JANELA DO DIA


O presidente da Associação Empresarial de Portugal, José António Barros, aplaudiu o imposto especial, equivalente a metade do subsídio de Natal, considerando-o "absolutamente necessário" e realçando que "o consumo na época de Natal é um verdadeiro disparate".

Assim, de repente, gostaria de saber o que pensam todos os empresários das grandes superfícies, com lojas e supermercados, desta afirmação do seu presidente,

Ou o que pensa o presidente da Associação de comerciantes deste seu colega de patronato.

Possivelmente nunca saberei, mas posso calcular.

É por estas, e por outras, que os nossos empresários são considerados incultos, ineficientes, autoritários, pouco criativos e avessos a inovações e planos de risco.

E sabermos nós da quantidade de trabalhadores que estão sob as ordens deste tipo de gente, gente que, por hábito e analfabetismo empresarial, colocam as culpas do atraso do país, sempre, nas costas dos trabalhadores.

Iria jurar que este sr. Barros já deu instruções aos serviços de contencioso da Associação para que estudem e arranjem, com carácter de urgência, uma manigância para que os administradores não tenham subsídio de Natal, passe a ser uma outra coisa qualquer que não seja passível deste desconto extraordinário decretado pelo governo.

Sim, porque eles sabem que o governo tratará de escrevinhar o decreto com as costumadas saídas para contornar o problema.

Os trabalhadores, esses, é que não vão ter qualquer hipótese: têm mesmo que pagar!

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