Carta, datada de 31 de Dezembro de 1955, de Jorge de Sena para António Ramos Rosa:
Bem sei que não ando a salvar a Pátria ou a renovar a Literatura pelos
cafés da Capital, que sempre nos absorvem, no afã de ver-se muita gente; mas
também me parece que lhe dei sempre um pouco mais de confiança do que a que
costuma ser colhida e recebida nesses proveitosos cenáculos. Se lhe digo isto,
meu caro, é porque V. já sabe que eu digo mesmo tudo, quando acho que as
pessoas ainda merecem ouvir.
Que tem feito? Que projecta? E aqui me tem a a gradecer-lhe as
Boas-Festas e a desejar-lhe para o Ano Novo quanto razoavelmente deseje.
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