«A esmagadora maioria dos trabalhadores do País está a trabalhar", afirmou o ministro da Presidência em declarações aos jornalistas na manhã desta quinta-feira. Leitão Amaro afirmou ainda que "o nível de adesão do País à greve é inexpressivo, em particular no sector privado e social.»
«O
país está a trabalhar e há uma parte do país que está a exercer o legítimo
direito à greve. A parte que está a exercer legítimo direito à greve é a parte
minoritária, a parte largamente maioritária está a trabalhar e nós estamos
também a trabalhar", afirmou Luís Montenegro, numa curta declaração aos
jornalistas.»
ALGUMA
SE VEZ PODERÀ DIZER QUE, FACE A ESTAS ANÁLISES SOBRE A GREVE GREAL, ESTAMOS PERANTE
UM GOVERNO CREDÍVEL, RESPONSÁEL?
«O
fenómeno é comum a quase todos os países da OCDE e Portugal não foge à regra:
nas últimas décadas a taxa de sindicalização tem vindo a ser cada vez mais
baixa. Porque é que isto acontece? Mudanças no mundo e no mundo do trabalho em
concreto ajudam a explicar o declínio da sindicalização. Mas os sindicatos
avisam que não morreram e que, para os trabalhadores, continuam a ser o último
apoio quando tudo o resto falha.»
Patrícia Carvalho no Público
«Afinal,
que sentido tem exatamente a greve geral?
O propósito desta revisão da legislação laboral é desequilibrar a lei a favor
dos empregadores e diminuir a natureza coletiva das relações de trabalho.
Basta, aliás, recordar as palavras de alerta deixadas pela ministra do Trabalho
em entrevista à RTP, quando afirmou que “a lei que está em vigor tem algum
desequilíbrio em favor dos trabalhadores”. As propostas do Governo são de tal
forma “avançadas” que nem nos sonhos mais ambiciosos dos empregadores e dos
seus representantes se esperava um brinde destes.
Pedro Adão e Silva
«Os
herdeiros do passismo regressaram ao poder e querem retomar o caminho de intimidação
iniciado há 15 anos. Para eles, trabalha melhor quem tem medo, quem, por isso,
obedece e se cala.
Manuel
Loff
A
greve geral existiu
É uma derrota, a somar a outras que o executivo tem acumulado neste dossier. Da
união pouco usual das duas centrais sindicais à convocação de uma greve geral
que já não acontecia há 12 anos. Da quase ausência de quem, no espaço público,
defenda a bondade das mudanças à lei até ao embaraço provocado ao próprio
candidato presidencial Luís Marques Mendes. O Governo começou muito mal, sem
ter construído uma narrativa para as mudanças, e arrisca-se a acabar pior.
A greve geral existiu
De pouco servirá entrar na guerra de números que, como seria de esperar, estão
dentro da amplitude do exagero entre aquilo que os sindicatos exibem como uma
vitória e o que Governo e patrões dizem que foi uma derrota. O que é certo é
que a greve geral existiu mesmo e dificilmente deixará de ser um marco negativo
no percurso político deste executivo.»
David Pontes




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