O que ontem se publicou em Sublinhados Saramaguianos serve apenas para registar onde pode chegar a ignorância, a maldade, a inveja, o ódio.
Tentado
que estive a colocar uns comentários, acabei por desistir.
Sou
um saramaguiano à minha maneira.
Nunca
fui coleccionador de primeiras edições, nunca frequentei lançamentos de livros
e apenas tive um brevíssimo diálogo com José Saramago na Festa do Avante de 1977, e nesse dia fiquei com o único autógrafo que pedi e se encontra no livro O Ano de 1993.
Contudo,
se tenho primeiras edições dos livros de Saramago, é porque me apressei a
comprá-los para os poder ler, e apenas por isso.
Não
conheço o trabalho da jornalista Christina Martins. Já há um bom tempo deixei, por
motivos de higiene, de ler o Expresso. O que António Guerreiro, escreve na
sua crónica do Público, serve para memória futura.
Para
além dos livros de Saramago, tenho vindo a comprar obras de autores que tratam
da obra e do cidadão José Saramago.
É
o caso de Um País Levantado em Alegria de Ricardo Viel, publicado por
ocasião dos 20 anos sobre a atribuição do Nobel a Saramago.
Para
amenizar a azia que me saltou, poderia recorrer a uma Rennie, mas peguei neste
livro e copio do prefácio de Eduardo Lourenço:
«O merecido sucesso de José Saramago coroa um destino de escritor que deve tudo à violência da sua vontade de escalar os céus, sem pressa, dando tempo ao tempo. José Saramago pertence a uma linhagem mais rara do que se julga, a dos que escrevem depois de ter vivido. E à mais rara ainda, sobretudo na nossa tradição, de não ceder à natural tentação de se vingar da vida, do mundo, da História, glosando compulsivamente a sua experiência subjectiva e fazendo girar o mundo à sua volta.»
Onde
é que aqui entra o pormenor de Isabel da Nóbrega ensinar José Saramago a comer
com faca e garfo?
Valham-nos os deuses todos, mas todos mesmo, do Olimpo!
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