domingo, 6 de abril de 2025

CONVERSANDO


 O que ontem se publicou em Sublinhados Saramaguianos serve apenas para registar onde pode chegar a ignorância, a maldade, a inveja, o ódio.

Tentado que estive a colocar uns comentários, acabei por desistir.

Sou um saramaguiano à minha maneira.

Nunca fui coleccionador de primeiras edições, nunca frequentei lançamentos de livros e apenas tive um brevíssimo diálogo com José Saramago na Festa do Avante de 1977, e nesse dia fiquei com o único autógrafo que pedi e se encontra no livro O Ano de 1993.

Contudo, se tenho primeiras edições dos livros de Saramago, é porque me apressei a comprá-los para os poder ler, e apenas por isso.

Não conheço o trabalho da jornalista Christina Martins. Já há um bom tempo deixei, por motivos de higiene, de ler o Expresso. O que António Guerreiro, escreve na sua crónica do Público, serve para memória futura.

Para além dos livros de Saramago, tenho vindo a comprar obras de autores que tratam da obra e do cidadão José Saramago.

É o caso de Um País Levantado em Alegria de Ricardo Viel, publicado por ocasião dos 20 anos sobre a atribuição do Nobel a Saramago.

Para amenizar a azia que me saltou, poderia recorrer a uma Rennie, mas peguei neste livro e copio do prefácio de Eduardo Lourenço:

«O merecido sucesso de José Saramago coroa um destino de escritor que deve tudo à violência da sua vontade de escalar os céus, sem pressa, dando tempo ao tempo. José Saramago pertence a uma linhagem mais rara do que se julga, a dos que escrevem depois de ter vivido. E à mais rara ainda, sobretudo na nossa tradição, de não ceder à natural tentação de se vingar da vida, do mundo, da História, glosando compulsivamente a sua experiência subjectiva e fazendo girar o mundo à sua volta.»

Onde é que aqui entra o pormenor de Isabel da Nóbrega ensinar José Saramago a comer com faca e garfo?

 Valham-nos os deuses todos, mas todos mesmo, do Olimpo!

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