As composições incluídas neste livro foram escritas por crianças e adolescentes, seis anos depois de 6 de Agosto de 1945,e escolhidas de entre mais de duas mil.
Hiroaki Ichikawa, rapaz, 6 anos em 1945: “A Mãe está sempre a dizer: “Enquanto vivermos, jamais esqueceremos aquele terrível experiência, não é verdade?”
Ikuko Wakasa, rapariga, 5 anos em 1945: “Realmente, detesto pensar acerca da guerra e detesto recordar-me do dia em que a bomba atómica caiu. Mesmo quando leio livros passo por alto as partes sobre a guerra. Uma vez que me destinaram isto para trabalho de casa, e embora não queira fazê-lo, tento, com esforço, recordar-me daquele momento terrível.”
Kiyoko Tsumiga, rapariga, 5 anos em 1945: “Quando ouço a palavra bomba atómica, penso: “Ah! Tenho esperança de que aquilo nunca mais tornará a acontecer!”
Keiko Sasaki, rapariga, 6 anos em 1945: “Quando penso que, se não fosse aquela pavorosa bomba atómica, podíamos viver felizes juntos, odeio o exército americano. Mas, depois, digo para mim mesma: “Bem já passou tudo, perdoo-lhes”, e o meu coração brilha.”
Shigeru Tasaka, rapaz, 6 anos em 1945: “Todos no mundo pronunciam a palavra: “Paz, “Paz”, mas não se devem esquecer que cerca de 247 000 pessoas de Hiroxima foram as últimas e as maiores sacrificadas da Segunda Guerra Mundial.”
Testemunho dos Jovens de Hiroxima, prefácio de Bertrand Russell , capa de João da Câmara Leme, nº 13 da Colecção “Documentos Humanos”, “Portugália Editora”, Lisboa Maio 1965
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