A 14 de Agosto de 1945, o fotógrafo Alfred Eisenstaedt, com a sua “Leica” captou, na Times Square, em Nova Iorque, o arrebatado beijo de um marinheiro a uma enfermeira.
Uma multidão festejava a rendição dos japoneses, que determinaria o fim da 2ª Guerra Mundial.
A fotografia foi publicada na capa da revista “Life”, correu mundo e consta da lista dos beijos mais famosos do Século XX.
Eisendstaedt não anotou o nome dos dois protagonistas e durante mais de 60 anos as identidades foram matéria de disputa.
Não se conheciam, beijaram-se e cada um seguiu o seu caminho.
A enfermeira foi identificada, anos depois, como Edith Shain. Em 1980,então com 62 anos, enviou uma carta a Eisenstaedt:
"Sou eu. Nunca o assumi publicamente porque podia colocar-me numa posição pouco digna. Mas agora os tempos mudaram"
Edith Stain morreu no dia 23 de Junho de 2010. Tinha 91 anos.
A “Life” lançou o desafio para identificar o marinheiro, mas encontrar a sua identidade foi mais difícil.
Só após prolongados estudos, Lois Gibson, especialista forense, acabou por identificar o marinheiro como sendo Glenn McDuffe, que sempre reclamara ser ele o marinheiro da fotografia.
McDuffe, agora com 85 anos, luta contra um cancro, mas mostrou-se feliz com a revelação:
"Pensei que ia morrer antes de resolver esta questão. Era o meu maior medo. Estava no metropolitano quando soube da notícia. Fiquei tão feliz que saí para a rua. Quando vi a enfermeira, corri para ela e beijei-a. Depois do beijo, voltei para o metropolitano e segui para Brooklyn."
Histórias simples.
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