quarta-feira, 24 de março de 2010

OS CLÁSSICOS DO MEU PAI

Não tenho qualquer elemento que me permita afirmar, com carácter de certeza, que este foi o 1º disco de Música Clássica que o meu pai comprou. É apenas um “feeling” que tenha sido este e não um outro, que também por aqui apresentarei um destes dias – “As Danças Guerreiras do Príncipe Igor”.

Trata-se de um LP de 10 polegadas da Dutsche Grammophon.

Lado 1
Abertura Solene “1812”, op. 49 de Tchaikowsky.

Lado 2
Abertura da Ópera “Navio Fantasma” de Richard Wagner.

Interpretações da Orquestra Filarmónica de Berlin, dirigida por Ferenc Fricsay.

O meu pai realçava sempre a versatilidade deste disco, que reunia, por um lado, uma peça progressista pois glorifica a derrota das forças de Napoleão no ano de 1812 e, por outro lado, uma peça de Wagner que, sabe-se, ter sido o compositor preferido de Hitler.

Gostava muito das duas aberturas, lamentava que a leitura de Ferenc Fricsay não contemplasse a sequência final de tiros de canhão, mas acrescentava que o coro emprestava um sainete que fazia esquecer os canhões.

Talvez por isso nunca tenha comprado uma outra versão da “1812”.

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