Em prinípios do século XIX as castas plantações de algodão que havia nas margens eram trabalhadas por negros, se sol a sol. Dormiam em barracas de madeira, sobre o, piso de terra. Fora da relação mãe e filho, os parantescos eram convencionais e turvos. Tinham nomes, mas podiam prescindir de apelidos. Não sabiam ler. A sua voz enternecida de falsete cantarolava em inglês de lentas vogais. Trabalhavam em filas, curvados sob o azorrague do capataz. Fugiam, e homens valentes saltavam sobre formosos cavalos, levando em seu rasto fortes mastins.
Jorge Luís Borges, em História Universal da Infâmia
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