Frank Sinatra tinha
uma profunda admiração por Humphrey Bogart.
Bogart era tudo
o que Frank gostava de ter sido: culto, sofisticado, respeitado.
Muitos anos
depois da morte de Bogart, Lauren Bacall contou que o marido tinha ciúmes de Frank.
«Em parte porque
sabia que eu gostava de estar com ele, em parte porque pensava que Frank estava
apaixonado por mim.»
Foi o mais perto
que Bacall esteve de admitir a sua paixão por Frank, enquanto o marido estava a
morrer.
«Para nós não era segredo», disse o escritor
Ketti Frings, «Toda a gente sabia do casso de Betty com Frank. Só esperávamos
que o boggie não descobrisse. Isso matava-o mais depressa que o cancro.»
Durante o ano de
1957, Frank começou a ser visto com Lauren Bacall que, ardentemente queria o
casamento. Frank colocava água na fervura.
Finalmente no
dia 11 de Março de 1958, catorze meses depois da morte de Hunphrey Bogart, Frank
pediu Bacall em casamento.
A actriz nem 30
segundos demorou a dizer que sim.
Sinatra pediu
segredo mas era coisa que Bacall não sabia guardar.
Um dia os
jornais colocaram em título:
«Sinatra vai
casar com Bacall.»
Frank teve uma
das suas fúrias e, ao fim de uma série de dias sem falar com Bacall
telefonou-lhe e disse:
«Porque é que
fizeste isto?»
Bacall não tornou
a ver Sinatra.
Quando os
jornalistas perguntavam se ele ia casar, Frank respondia:
«Para quê? Para
ter que vir para casa todas as noites? Só se eu fosse doido!»
Ava Gardner
telefonou a Sinatra:
«Ouvi dizer que
já não há casamento.»
«Que casamento?»,
perguntou Frank.
«Com a Betty
Bacall.»
«Deus me livre
de casar com essa mandona.»
Lauren Bacall
escreverá nas suas memórias o quanto ficou destroçada pelo abandono de Sinatra:
«Ser abandonada
é duro, uma coisa difícil de se esquecer, mas ser abandonada publicamente dá
cabo de uma pessoa. Mas a verdade é que ele se comportou como um pulha. Foi
demasiado cobarde para dizer a verdade – que a ideia do casamento era demasiado
perturbadora para ele, que não sabia como enfrentá-la.»
Sinatra não
gostou do que leu.
Limitou-se a
comentar:
«Acho que é
injusto porque há outra maneira de ver o problema. Mas eu não vou falar nisso.
Acho que há coisasa que se devem deixar esquecer.»
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