sábado, 12 de dezembro de 2015

FRANK E BACALL


Frank Sinatra tinha uma profunda admiração por Humphrey Bogart.

Bogart era tudo o que Frank gostava de ter sido: culto, sofisticado, respeitado.

Muitos anos depois da morte de Bogart, Lauren Bacall contou que o marido tinha ciúmes de Frank.

«Em parte porque sabia que eu gostava de estar com ele, em parte porque pensava que Frank estava apaixonado por mim.»

Foi o mais perto que Bacall esteve de admitir a sua paixão por Frank, enquanto o marido estava a morrer.

 «Para nós não era segredo», disse o escritor Ketti Frings, «Toda a gente sabia do casso de Betty com Frank. Só esperávamos que o boggie não descobrisse. Isso matava-o mais depressa que o cancro.»

Durante o ano de 1957, Frank começou a ser visto com Lauren Bacall que, ardentemente queria o casamento. Frank colocava água na fervura.

Finalmente no dia 11 de Março de 1958, catorze meses depois da morte de Hunphrey Bogart, Frank pediu Bacall em casamento.

A actriz nem 30 segundos demorou a dizer que sim.

Sinatra pediu segredo mas era coisa que Bacall não sabia guardar.

Um dia os jornais colocaram em título:

«Sinatra vai casar com Bacall.»

Frank teve uma das suas fúrias e, ao fim de uma série de dias sem falar com Bacall telefonou-lhe e disse:

«Porque é que fizeste isto?»

Bacall não tornou a ver Sinatra.

Quando os jornalistas perguntavam se ele ia casar, Frank respondia:

«Para quê? Para ter que vir para casa todas as noites? Só se eu fosse doido!»

Ava Gardner telefonou a Sinatra:

«Ouvi dizer que já não há casamento.»

«Que casamento?», perguntou Frank.

«Com a Betty Bacall.»

«Deus me livre de casar com essa mandona.»

Lauren Bacall escreverá nas suas memórias o quanto ficou destroçada pelo abandono de Sinatra:

«Ser abandonada é duro, uma coisa difícil de se esquecer, mas ser abandonada publicamente dá cabo de uma pessoa. Mas a verdade é que ele se comportou como um pulha. Foi demasiado cobarde para dizer a verdade – que a ideia do casamento era demasiado perturbadora para ele, que não sabia como enfrentá-la.»

Sinatra não gostou do que leu.

Limitou-se a comentar:

«Acho que é injusto porque há outra maneira de ver o problema. Mas eu não vou falar nisso. Acho que há coisasa que se devem deixar esquecer.»

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