A trágica
realidade é esta:
Desde o início
do ano, que agora finda, já chegaram à Europa, utilizando as mais diversas
rotas, 1.005.504 migrantes.
Um aumento de
cinco vezes em relação a 2004.
A maioria
acantona-se em campos de refúgio, ao frio e à chuva, aguardando uma autorização
de emprego, que tarda em chegar, e muitos terão que regressar aos países de
origem.
Fogem da guerra,
da miséria, da fome, dos mais diversos tipos de perseguições.
E não falamos
dos que, naufragando, não chegaram a um destino.
Na terra de onde
vêm não os querem, na terra para onde vêm, também não.
Gente sem
espaço, à deriva, à espera de uma ténue esperança, à espera da morte.
A Europa
perde-se em discussões banais, ressaltam as divisões e os ódios, faz por
esquecer uma solidariedade que teimaram em apregoar como bandeira.
Uma catástrofe
que levamos para o novo ano.
Outros mais, se
nada for feito.
Onde está Deus?,
perguntam os que acreditam.
Perguntemos,
antes, pelos homens que se vão demitindo de encontrar uma solução para o drama
destes seres humanos.
Para que não
seja demasiado tarde.
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