A Cicatriz Reveladora
Mary R. Rinehart
Tradução: Irene
Fernanda
Capa: Lima de
Freitas
Colecção Vampiro
nº 166
Livros do
Brasil, Lisboa s/d
Nas tardes quentes de Verão, costumo ir passear para o
parque. Gosto muito de ver o bebé de Lida. A ama já de me conhece de vista e
deixa a criança vir brincar para o pé de mim. Lida não me esqueceu. Especialmente
na época da cheia, vem sempre visitar-me para ver se estou bem e se não me
falta nada. Há dias trouxe-me, pedindo imensa desculpa, o vestido de renda que a
mão usara no casamento dela. Alma só o vestiu uma vez e agora não lhe servia
porque está muito gorda. Não sou vaidosa mas, apesar de tudo, gostava que a
Molly Marguire me visse com ele.
Na noite passada, Mr. Holcombe declarou-me que nós
precisávamos muito um do outro e pediu-me em casamento.
Sou uma mulher só e estou a tornar-me cada vez mais
velha. Agora que o Peter morreu, faz muita falta um homem cá em casa. Além
disso, tendo guardado um vestido de noiva e uma garrafa de champanhe, é uma
pena não me servir deles. E é o que vou fazer.
Sem comentários:
Enviar um comentário