No âmbito da
estreia do filme com e sobre João Bénard da Costa: Outros Amarão As Coisas
Que Eu Amei, de Manuel Mozos, a Distribuidora Alambique estende a homenagem
a João Bénard da Costa através da reposição em sala do seu filme preferido, Johnny
Guitar, de Nicholas Ray, e lançará em simultâneo uma edição em DVD de oito
filmes que integraram o programa transmitido na RTP2, No Meu Cinema.
Ao que venho é a guiar-vos para imagens e memórias cá
de mim, puxadas de onde tiver que ser para onde me apetecer que seja. Terei por
companheiros os que já tiveram os apetecimentos ou os que passarem a ter porque
apeteceram o que lhes dei a provar,
palavras de João Bénard da Costa.
O filme de
Manuel Mozos chega amanhã às salas de cinema.
Uma homenagem ao
cinema a pretexto da extraordinária vida do director da Cinemateca Portuguesa
durante 18 anos, esta é uma inusual biografia que conta a vida do homem através
dos seus amores, medos e contemplações, impressas na arte da pintura, do cinema
e literatura. Da pintura barroca à literatura de Borges, este é o amado diário
de um homem universal.
Bénard da Costa
afirmou tê-lo visto cerca de 68 vezes, entre 1957 e 1988.
À pergunta Dá
para saber de cor?, respondia: Nunca se sabe o Johnny Guitar de cor.
Cada vez é uma nova vez..
A partir de 15
de Outubro, haverá oportunidade para revisitar um dos westerns maiores da
história do cinema, um filme no qual, segundo Truffaut, os cowboys desmaiam
e morrem com a graça das bailarinas.
No mesmo dia,
chegará às lojas uma edição em DVD de oito filmes.
Filmado por
Margarida Gil, No Meu Cinema foi um programa transmitido na RTP2, no
qual João Bénard da Costa fez introduções e comentários finais sobre os seus
filmes preferidos.
A colecção No
Meu Cinema integrará oito desses filmes com a inclusão dos comentários de
João Bénard da Costa:
À Beira do mar
Azul, de Boris Barnet
Feras Humanas, de Fritz Lang
O Rio Sagrado,
de Jean Renoir
Para Sempre
Mozart, de Jean-Luc Godard
Paregrinaqção
Exemplar, de Robert Bresson
Senrimento, de
Luchino Visconti
Um Caso de Vida
e de Morte, de Michael Powell e Emeric Pressburger
Um Verão de Amor,
de Ingmar Bergman
Tenho, gravados
em cassettes VHS, todos os filmes que João Bénard da Costa apresentou em No
Meu Cinema, com as respectivas introduções e os comentários.
João Bénard da
Costa não se limitava a debitar textos.
Representava-os.
E isso é um
espectáculo à parte.
Pena que, nesta
escolha da Alambique não esteja contemplado Cruel Victoria de Nicholas
Ray.
Um filme muito
lá de casa do João Bénard da Costa.
O filme que
levou Jean Luc-Godard a dizer: E o Cinema é Nicholas Ray.
É admirável a
representação que Bénard da Costa faz dos seus comentários.
1 comentário:
Pode-me dizer quantos programas No Meu Cinema houve? Pergunto apenas por curiosidade e para saber o que perdi. Claro que não tenho esperança nenhuma numa nova leva. A FNAC está saldar a caixa. Mau sinal...
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