Falar da
excelência das edições dos livros da &etc. é apenas um falar.
È necessários
ter os livros entre mãos para se ter a noção exacta dessa excelência.
Como escreveu
Júlio Henriques em Uma Editora no Subterrâneo:
Papéis pintados com tinta ou parte não dita da poesia?
Em qualquer caso. Nada que se confunda com indizíveis ou inefáveis
transcendências. Poucas coisas serão tão tangíveis como estes livros.
Retirei-os das estantes, espalhei-os sobre a mesa e estou a folheá-los Há
horas, quase esqueço o propósito da escrita. Pouco importa. Nunca os procurei
por via escolar, nunca os encontrei em bibliografias obrigatórias. Se tiver que
escrever sobre eles, escreverei sem sombra de dever. É o mínimo que lhes devo.
Em resumo: um
homem que ama verdadeiramente os livros nunca pensa em cifrões.
Era assim Vitor
Silva Tavares.
Um homem radicalmente livre.
É bem provável
que existam outros, mas apenas conheço dois prefácios de Vitor Silva Tavares
para livros por si editados.
Um, para o livro
de João César Monteiro, Os Que Vão Morrer Saúdam-te e a que o Vitor
chamou «O César Tem Uma Grande Telha», outro para o livro do Eduardo
Guerra Carneiro «Como Não Quer a Coisa», e a que chamou «Noves Fora,
Sete»
É do prefácio do livro do Eduardo este pedacinho:
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