Estou triste e só. Ligo o rádio. Oiço duas das últimas
Canções de Strauss. Sinto de uma maneira profunda a sua fluidez cromática, a
sua riqueza orquestral. Os metais soam como vibrantes florestas. A voz da
cantora é a de uma grande ave solitária. Sinto-me um lobo sem alcateia. Quando
se está muito só o gemido transforma-se em uivo.
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