quarta-feira, 7 de outubro de 2015

OUTROS AMARÃO AS COISAS QUE EU AMEI


No âmbito da estreia do filme com e sobre João Bénard da Costa: Outros Amarão As Coisas Que Eu Amei, de Manuel Mozos, a Distribuidora Alambique estende a homenagem a João Bénard da Costa através da reposição em sala do seu filme preferido, Johnny Guitar, de Nicholas Ray, e lançará em simultâneo uma edição em DVD de oito filmes que integraram o programa transmitido na RTP2, No Meu Cinema.

Ao que venho é a guiar-vos para imagens e memórias cá de mim, puxadas de onde tiver que ser para onde me apetecer que seja. Terei por companheiros os que já tiveram os apetecimentos ou os que passarem a ter porque apeteceram o que lhes dei a provar, palavras de João Bénard da Costa.

O filme de Manuel Mozos chega amanhã às salas de cinema.

Uma homenagem ao cinema a pretexto da extraordinária vida do director da Cinemateca Portuguesa durante 18 anos, esta é uma inusual biografia que conta a vida do homem através dos seus amores, medos e contemplações, impressas na arte da pintura, do cinema e literatura. Da pintura barroca à literatura de Borges, este é o amado diário de um homem universal.

A homenagem a João Bénard da Costa estende-se, para além da estreia do filme de Manuel Mozos, através da reposição de um dos seus filmes preferidos no Cinema Ideal e no Cinema Medeia Monumental: Johnny Guitar de Nicholas Ray.


Bénard da Costa afirmou tê-lo visto cerca de 68 vezes, entre 1957 e 1988.

À pergunta Dá para saber de cor?, respondia: Nunca se sabe o Johnny Guitar de cor. Cada vez é uma nova vez..

A partir de 15 de Outubro, haverá oportunidade para revisitar um dos westerns maiores da história do cinema, um filme no qual, segundo Truffaut, os cowboys desmaiam e morrem com a graça das bailarinas.

No mesmo dia, chegará às lojas uma edição em DVD de oito filmes.

Filmado por Margarida Gil, No Meu Cinema foi um programa transmitido na RTP2, no qual João Bénard da Costa fez introduções e comentários finais sobre os seus filmes preferidos. 


 A colecção No Meu Cinema integrará oito desses filmes com a inclusão dos comentários de João Bénard da Costa:

​À Beira do mar Azul,  de Boris Barnet
Feras Humanas,  de Fritz Lang
O Rio Sagrado, de Jean Renoir
Para Sempre Mozart, de Jean-Luc Godard
Paregrinaqção Exemplar, de Robert Bresson
Senrimento, de Luchino Visconti
Um Caso de Vida e de Morte, de Michael Powell e Emeric Pressburger
Um Verão de Amor, de Ingmar Bergman

Tenho, gravados em cassettes VHS, todos os filmes que João Bénard da Costa apresentou em No Meu Cinema, com as respectivas introduções e os comentários.

João Bénard da Costa não se limitava a debitar textos.

Representava-os.

E isso é um espectáculo à parte.

Pena que, nesta escolha da Alambique não esteja contemplado Cruel Victoria de Nicholas Ray.

Um filme muito lá de casa do João Bénard da Costa.

O filme que levou Jean Luc-Godard a dizer: E o Cinema é Nicholas Ray.

É admirável a representação que Bénard da Costa faz dos seus comentários.

Não foi por mero capricho que, como actor, arranjou um nome para as suas aparições: Duarte deAlmeida.

1 comentário:

Isabelinho disse...

Pode-me dizer quantos programas No Meu Cinema houve? Pergunto apenas por curiosidade e para saber o que perdi. Claro que não tenho esperança nenhuma numa nova leva. A FNAC está saldar a caixa. Mau sinal...