segunda-feira, 8 de junho de 2015

TEMPOS DE SOLIDÃO


Volta e meia os jornais revelam que os transportes públicos continuam a perder passageiros.

Segundo um relatório da OCDE, vinte e quatro por cento da população que habita em Lisboa tem mais de 65 anos. O mesmo é dizer que um em quatro residentes da capital é idoso.

O relatório da OCDE observa que um desafio social que se depara a uma Lisboa envelhecida é o de promover a acessibilidade aos serviços, designadamente a acessibilidade dos transportes.

Em Lisboa e por parte da população idosa o uso dos transportes públicos é baixo, conclui a OCDE. Para além dos preços altíssimos, os idosos também têm dificuldade em perceber a rede de transportes públicos, o que os demove de a utilizar. Mas, ao mesmo tempo, andar a pé em Lisboa também não é fácil para os idosos. Há poucos passeios e poucas zonas pedonais, conclui a OCDE.

Quando Passos Coelho, em nome da troika, cortou nos descontos dos passes da terceira idade, muitos viram a sua mobilidade drasticamente reduzida. Sem o passe, deixaram de ir ter com os amigos espalhados pelos diversos jardins da cidade, onde conversavam, liam um jornal que andava de mão em mão lhes emprestavam assistiam aos campeonatos de sueca:  ases e manilhas, chitas.

Para a OCDE o principal problema para a população idosa da cidade de Lisboa é a pobreza. Em 2011, 7,3% da população idosa vivia na pobreza – e a situação de então para cá agravou-se brutal e impiedosamente. A falta de condições económicas e a falta de mobilidade conduz ao isolamento dos idosos.

Sem comentários: