Verticalidade,
coerência, firmeza na luta pelas suas ideias e ideais, uma vida vivida com
raríssima intensidade.
Muito poucos, em
Portugal, se poderão orgulhar de assim terem vivido.
Um dos homens mais inteligentes que conheci. Homem de
uma sensibilidade refreada e violentada. Para poder ter sido o que é, ele teve,
de certa maneira, de domesticar e de matar o artista que tinha dentro de si.
Homem de grande força de vontade e de grande capacidade de trabalho. E um dos
poucos aristocratas autênticos que conheci. Conheci-o, pessoalmente, em 1964; e
dei-me muito bem com ele. Cunhal é um leninista.
Manuel Alegre,
entrevista ao semanário O Ponto, s/d
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