Um Homem do Povo na Revolução
Roger Vailland
Raymond Manévy
Tradução:
Serafim Ferreira
Colecção «Revolução»,
nº 5
Editorial
Fronteira, Amadora, Fevereiro de 1976
Morreu porque os seus dias acabaram. Mas há milhares
de outros homens, milhões de outros homens, jovens e ainda cheios de vida.
Calam-se por agora, como Drouet se calava há dez anos. Contam-se. Reúnem-se em
silêncio. Pensam na lição dos grandes homens de 1793. Quando se erguerem, serão
capazes de vos varrer a todos, prefeito, presidente da Câmara, gendarmes, rei,
nobres, arrivistas! Talvez sejam vencidos, mas outros hão-de segui-los. Nenhum
de nós será capaz de ver com certeza o fim da batalha. Mas virá o tempo em que,
como Drouet, o quis, cada um poderá viver livremente, como um homem autêntico
que seja realmente digno da sua condição de ser homem.
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