O segundo número
do, excelente, Cinéfilo, saíra no dia 11 de Outubro de 1973.
Caramba!... já lá
vão 43 anos!
Não hei-de estar
velho!...
Na secção Sete
Dias da Semana, depois de para quinta-feira dia 11 aconselharem o Anjo
Exterminado, LP de Maria Bethânia, rematavam, para sexta-feira, com o CéuAberto, filme de Howard Hawks, não esquecendo o pormenor:
…é neste filme que Hawks consegue filmar com Kirk
Douglas a cena do dedo cortado que Wayne se recusara a filmar em Rio Vermelho.
Mas fica aqui a
reprodução da escolha cinéfila:
Acontece que,
por aqueles dias de trevas, ir às sessões da meia-noite era uma festa.
Não só pelos
filmes, mas por aquilo que entendíamos como aperitivo para os ditos.
E havia sempre
petisco antes do raio das meias-noites.
Pare este céu aberto,
o destino foi um tasco que havia frente ao Cinema Londres.
O espaço ainda
lá está, mas apenas o espaço.
O resto foi a
outras vidas.
Ao tempo, parece
que se chamava Sobreiro, passou depois a Nova Capri, talvez tenha
tido outros nomes mais, e agora é algo que dá pelo nome de Italian Burger
House, que deve ser uma daquelas coisas que para aí existem, destinadas a
gente que não gosta de comidinha a saber comida.
Uma equipa
constituída por quem assina a prosa, mais a Aida, o Miguel, a Josefina, o Benardino
e a Lena,, entrou portas dentro para umas cadelinhas, uns preguinhos com muito
alho e algumas garrafas – uma por cabeça…sim, mas a Lena e a Josefina ficaram-se
por duas tacinhas, o resto ficou para a outra rapaziada - de Ponte de Lima branco, estupidamente gelado.
E foi assim, com
o olho brilhante pelo Ponte de Lima, que ainda mais ressaltou toda a carga
erótica de o Céu Aberto.
Ah! e aquelas
cadeiras do Londres, senhores.
Saudades, só do Futuro, reclama o José Gomes Ferreira.
Uma ova, Zé
Gomes, uma ova.
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