quinta-feira, 19 de março de 2015

OS TESOUROS DE SINATRA


Uma das canções que acabaria por definir Sinatra na consciência colectiva foi «My Way». Uma canção francesa da dupla de compositores François e Revaux, com letra em inglês da autoria de Paul Anka, «My Way» não foi a canção predilecta de Sinatra, nem no princípio nem mais para o final da sua vida. Ele pensava que a letra era um pouco auto-indulgente demais para ele. Mas Sinatra era homem para a cantar e pediu a Don Costa que lhe fizesse os arranjos de modo a torná-la uma empreitada mais paltável. À entrada no estúdio, em 1968 para gravar a canção pela primeira vez,


aconteceram todo o tipo de façanhas em desfavor da música, A primeira, foi a relutância patente de Sinatra por ela. Depois houve o facto de Bill Miller não estar presente para acompanhar na sessão, porque tinha ferido a mão num caco de vidro no início do mês, em Las Vegas, o que o impediu de tocar piano durante algumas semanas. Foi Lou Levy quem subiu ao palanque; embora ele fosse um músico maravilhoso, há muito que Sinatra não gravava nenhuma canção sem Miller ao seu lado.


Mas acabaram por gravar a canção, que foi editada no álbum com o mesmo nome  em Janeiro de 1969. E, embora a canção não tenha siso um êxito imediato, à medida que Sintra envelheceu e as pessoas começaram a compreender o modo claro como as palavras se ajustavam com verdade não só a Sinatra, como a si próprias, tornou-se um hino de Sinatra, um certificado de origem em qualquer dos seus concertos,


Charles Pignone 

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