Uma das canções que acabaria por definir Sinatra na
consciência colectiva foi «My Way». Uma canção francesa da dupla de
compositores François e Revaux, com letra em inglês da autoria de Paul Anka,
«My Way» não foi a canção predilecta de Sinatra, nem no princípio nem mais para
o final da sua vida. Ele pensava que a letra era um pouco auto-indulgente
demais para ele. Mas Sinatra era homem para a cantar e pediu a Don Costa que
lhe fizesse os arranjos de modo a torná-la uma empreitada mais paltável. À entrada
no estúdio, em 1968 para gravar a canção pela primeira vez,
aconteceram todo o tipo de façanhas em desfavor da
música, A primeira, foi a relutância patente de Sinatra por ela. Depois houve o
facto de Bill Miller não estar presente para acompanhar na sessão, porque tinha
ferido a mão num caco de vidro no início do mês, em Las Vegas, o que o impediu
de tocar piano durante algumas semanas. Foi Lou Levy quem subiu ao palanque;
embora ele fosse um músico maravilhoso, há muito que Sinatra não gravava
nenhuma canção sem Miller ao seu lado.
Mas acabaram por gravar a canção, que foi editada no
álbum com o mesmo nome em Janeiro de
1969. E, embora a canção não tenha siso um êxito imediato, à medida que Sintra
envelheceu e as pessoas começaram a compreender o modo claro como as palavras se
ajustavam com verdade não só a Sinatra, como a si próprias, tornou-se um hino
de Sinatra, um certificado de origem em qualquer dos seus concertos,
Charles Pignone
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