Sou crente, mas
muito desiludida, de há uns anos a esta parte, com a Igreja.
Mas a eleição do
Papa Francisco veio modificar esse sentimento de desilusão.
Sente-se que
está ali um homem, e apenas isso, um homem igual a todos nós, que pensa nos desfavorecidos
e nos perseguidos, um homem simples, de uma simplicidade desconcertante, quando
nos diz que ser papa não lhe desagrada, mas que acha que o seu pontificado será
breve.
Não me desagrada
mas sempre detestei viajar, sou uma pessoa caseira. Sublinhou que sempre
detestou viajar e que é uma pessoa caseira. A única coisa de que gostava era de
poder sair um dia, sem que ninguém me reconhecesse, e ir comer uma pizza.
Cativante.
Como cativantes,
e importantes, são estas suas palavras:
Amados irmãos novos cardeais, com os olhos fixos em
Deus e na nossa Mãe, exorto-vos a servir a Igreja de tal maneira que os
cristãos - edificados pelo nosso testemunho - não se sintam tentados a estar
com Jesus, sem quererem estar com os marginalizados, isolando-se numa casta que
nada tem de autenticamente eclesial. Exorto-vos a seguir Jesus crucificado em
toda a pessoa marginalizada, seja pelo motivo que for; a ver o Senhor em cada
pessoa excluída que tem fome, que tem sede, que não tem com que se cobrir; a
ver o Senhor que está presente também naqueles que perderam a fé, que se
afastaram da prática da sua fé ou que se declaram ateus; o Senhor, que está na
cadeia, que está doente, que não tem trabalho, que é perseguido; o Senhor que
está no leproso, no corpo ou na alma, que é discriminado. Não descobrimos o
Senhor se não acolhermos de maneira autêntica o marginalizado. Recordemos
sempre a imagem de São Francisco, que não teve medo de abraçar o leproso e
acolher aqueles que sofrem qualquer género de marginalização. Verdadeiramente,
amados irmãos, é no evangelho dos marginalizados que se joga, descobre e revela
a nossa credibilidade.
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