17 de Março de
1975
Depois da nacionalização
da banca, o país fica a saber que o Conselho Superior da Revolução decretou que
as companhias de seguros também eram nacionalizadas.
A nacionalização
abrange todas as companhias de seguros com sede no continente e ilhas
adjacentes, com excepção daquelas em que se verifica uma participação
significativa de companhias estrangeiras no seu capital.
O mercado de
seguros no nosso país era dominado por cinco grandes companhias: Império,
Tranquilidade, Mundial, Confiança e Comércio e Indústria, basicamente
controladas por cinco grandes grupos financeiros: C.U.F., Champalimaud,
Espírito Santo, Jorge de Brito e Pinto de Magalhães.
Só por si a
Companhia de Seguros Império detinha cerca de um quinto do mercado e exercia,
conjuntamente com a Tranquilidade e a Mundial, uma influência declaradamente do
tipo monopolista.
O Diário de
Lisboa faz uma pequena análise sobre o ramo de seguros em Portugal.
Os jornais dão
conta que, após três dias de encerramento, existe confiança e normalidade na
banca nacionalizada.
O Partido da
Democracia (PDC), o Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (MRPP)
e a Aliança Operária Camponesa (AOC), pelo Decreto-lei Nº 137-A/75, vêem
suspensa a actividade política até à data das eleições da Assembleia Constituinte,
não podendo apresentarem-se às urnas.
Vergílio
Ferreira na sua Conta-Corrente:
De novo o desânimo. Parece agora impossível travar a
escalada comunista. Raramente a pergunta é: que vou fazer. A táctica comunista
agora é queimar os partidos menos à esquerda. Qualquer dia o PS, que já quase
está «à direita». Mas então a Europa assiste ao nosso aniquilamento?
Fontes:
- Acervo
pessoal;
- Os Dias
Loucos do PREC de Adelino
Gomes e José Pedro Castanheira.
- Conta-Corrente, 1º volume, Vergílio Ferreira.
Legenda: Título
do Diário de Notícias de 17 de Março de 1975
Notícia do Diário de Lisboa
de 17 de Março de 1975
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