Alguém disse que hoje ninguém falaria no Zeca, mas não é verdade. Hoje e sempre, há quem fale no Zeca, no Adriano, no Mário Viegas, no Saramago, no Álvaro, no Maia, no Che e em tantos outros, não somos os suficientes ? somos os possíveis, aqueles que não se refugiam na conveniente desilusão para justificarem a traição daquilo em que acreditaram. Aqueles que não trocam os ideais por almoços, aqueles que não se renderam ao ouvirem os primeiros tiros. Aqueles que acreditam que se os amanhãs não cantarem, cantarão os dias seguintes, aqueles que recusam a aceitar a realidade monocromática que nos querem vender como fatalidade, os que não aceitam o sacrifício de milhões para benefício de meia dúzia privilegiados. Os que acreditam que utopia é pensar-se que o caminho do abismo será o único. Os que acreditam que é possível criar uma sociedade mais justa, que não desistem perante os aparentes insucessos passados. Enquanto houver quem acredite que vale mais morrer de pé, do que viver ajoelhado, haverá sempre alguém que falará no Zeca, caro amigo, hoje e sempre.
2 comentários:
Nos tempos actuais, em que cada vez mais se vive para o imediato, para o efémero, em que a maioria se define por aquilo que consome, é bom saber que ainda há quem tenha ideais. É nossa obrigação lutar por um mundo mais justo.
Por muito que os tentem diminuir e ridicularizar, os ideiais não morrem, apesar de na época em que vivemos predominar a desumanização das relações pessoais, laborais e sociais. Nesta "casa", felizmente, pratica-se o contrário, ou tenta-se. Obrigado pelo comentário.
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