a primeira vez que tive vinte anos
esperavas por mim naquele café com nome
de porto grego que faz a Grécia
no meio do bairro alto dizias muitas vezes
mexendo o café que sempre bebias sem açúcar
depois descemos até ao rio e prometeste
um barco por cada dia em que
os meus vinte anos voltassem
às tuas mãos naquele lugar
nessa altura envelheci muito depressa
ao ritmo das cartas em que prometia odiar quem
junto de mim dissesse
– como era moda –
que os vinte anos tinham sido o melhor tempo
das nossas vidas
e o meu coração era tão grande
que todos os que passavam
se serviam dele
esperavas por mim naquele café com nome
de porto grego que faz a Grécia
no meio do bairro alto dizias muitas vezes
mexendo o café que sempre bebias sem açúcar
depois descemos até ao rio e prometeste
um barco por cada dia em que
os meus vinte anos voltassem
às tuas mãos naquele lugar
nessa altura envelheci muito depressa
ao ritmo das cartas em que prometia odiar quem
junto de mim dissesse
– como era moda –
que os vinte anos tinham sido o melhor tempo
das nossas vidas
e o meu coração era tão grande
que todos os que passavam
se serviam dele
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