1.
O ministro-adjunto dos Assuntos Parlamentares, de-seu-sorridente-nome-Miguel-Relvas, mandou fazer 100 livros, edição de luxo, e pagou 12 mil euros por ajuste directo a uma gráfica.
O livro que custou a módica quantia de 120 euros por exeplar, tem um nome: Compromisso para uma Nação Forte, nada mais é que o programa do governo o balanço dos seus 100 primeiros dias, e destina-se, exclusivamente, aos membros que o constituem.
Chama-se a isto brilhante gestão dos dinheiros públicos.
Lembrei-me de uma velha história do Pedro Oom:
Num pequeno país atrasado e pobre o Primeiro-Ministro preocupava-se muito com a ignorância do seu povo.
A percentagem de iletrados era tal que não se descortinava maneira de arrancar do estado de subdesenvolvimento para a fase industrial a que o país necessitava chegar.
O Primeiro-Ministro reuniu os melhores pedagogos do país que elaboraram um pequeno livro de bolso, a que chamaram a “Cartilha Paternal”, onde se resumia em frases simples toda a Ciência existente.
A “Cartilha Paternal” foi distribuída gratuitamente a todo o Povo, o qual lhe deu a serventia que estava habituado a dar a tudo o que fosse papel, liso ou impresso.
2.
Os funcionários públicos podem passar a ser obrigados a mudar de serviço ou de organismo, mesmo que isso implique ir viver para qualquer outro concelho do país.
A medida faz parte de um documento que o secretário de Estado da Administração Pública enviou na terça-feira aos sindicatos e que pretende estimular a mobilidade geográfica dos trabalhadores do Estado.
3.
A taxa de poupança das famílias desceu em Janeiro, fixando-se em 93,1, face a 97,1 em Dezembro.
4.
A crise grega parece estar à beira de um novo capítulo, com a vinda a público de divergências entre os parceiros europeus sobre a opção por um segundo resgate, com alguns a preferirem que o país entre em bancarrota.
5.
O Santuário de Fátima está a preparar a comercialização de azeite com marca e embalagem próprias, oriundo de um olival situado na zona do Monte dos Valinhos e Aljustrel, junto à Cova de Iria, anunciou a instituição.
6
A agência Lusa divulgou uma notícia em que admitia, segundo fonte idónea do Sporting, que o treinador Domingos Paciência andara em encontros com elementos do F.C. do Porto.
Hoje, a direcção de informação da agência veio reconhecer não ter respeitado as normas do Código Deontológico do Jornalista nem o Livro de Estilo da Agência e ameaça:
A direcção de informação reserva-se, contudo, o direito de denunciar a identidade da fonte, caso venha a averiguar que essa fonte agiu de má fé, induzindo a Lusa em erro.
O jornalismo de sarjeta no seu melhor.
7.
O Jornal de Angola publicou, há dias, um editorial dedicado ao Acordo Ortográfico, em que são expressas duras críticas a semelhante aborto:
Há coisas na vida que não podem ser submetidas aos negócios, por mais respeitáveis que sejam”, pondo em causa futuras negociações.
Se queremos que o português seja uma língua de trabalho na ONU, devemos, antes do mais, respeitar a sua matriz e não pô-la a reboque do difícil comércio das palavras.
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