terça-feira, 30 de julho de 2019

OLHAR AS CAPAS


Debaixo de Algum Céu

Nuno Camarneiro
Capa: Rui Garrido
Leya, Lisboa, Março de 2013

O problema é desenhar a vida em forma de montanha, dar um cume à vida e querer atingi-lo como se o seu sentido dependesse desse acto. O sentido da vida, a existir, há-de ser como o sentido de uma montanha, e não muda por lhe chegarmos ao topo ou nos perdermos pelas encostas. Penso assim porque fiquei a meio, pior ainda, porque fiquei a escassos metros do topo. Mas o provlema de atingir um objectivo é decidir o que fazer depois de o atingir, e em nada é diferente a minha situação por o não ter atingido. Com que devo preocupar-me agora, que não tenho com que me preocupar?

3 comentários:

Seve disse...

"No desassossego que é tentar ler o máximo possível dos livros novos que (aos montes) se vão publicando, e que nos interessam, vão ficando para trás projectos de leitura que se prolongam até ao insuportável."
Diário vols. IX a XII
-o parêntesis é meu-

Seve disse...

Nota: Diários IX a XII de Miguel Torga

Sammy, o paquete disse...

Há umas semanas, olhei as prateleiras, fiz contas e sei que já não irei ler muitos dos livros que por aqui tenho. Neste momento, sou mais de releituras do que novos autores. Ou eles não se fazem entender, oueu não os sei ler. Mas vou comprando alguns. Este Nuno Camarneiro foi uma muito agradável surpresa. E fiquei com água na boca pelo título do seu primeiro livro: «No Meu Peito Não Cabem Pássaros.»