segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

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Que me desculpem os que se preocupam com o colesterol e afins, mas não consigo imaginar carne de porco para fritar, grelhar ou assar sem pimentão.

Durante perto de 30 anos, num talho do Mercado de Arroios, comprei massa de pimentão, fabrico caseiro que o dono, por sinal beirão, garantia que vinha directamente do Alentejo.

Verdade ou mentira o que sei é que era uma estupenda massa de pimentão.

As grandes superfícies têm liquidado o pequeno e médio comércio.

A crise tem invadido os mercados municipais de Lisboa. 

Menos vendedores de peixe, fruta e legumes, menos floristas, talhos, lojas diversas,todo um pequeno mundo que era o centro dos bairros, um corrupio de, um fervilhar de vozes, um entrecruzar de conversas.

O talho do Mercado de Arroios há uns tempos que fechou portas e deixei de ter aquela boa massa de pimentão.

Andei em experiências várias, todas elas de uma aflitiva desilusão, até que tropecei na amassa de pimentão Quinta d’Avó.

Não é bem como aquela que vinha do Alentejo mas está mesmo à porta e, até hoje, não encontrei melhor e o nome é bem bonito.

No rótulo pode ler-se: preparado à mão em Portugal.

A responsabilidade é da Marovina, Lda, com instalações na Venda do Pinheiro.

Chapeau!

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