Que me desculpem os que se preocupam com o
colesterol e afins, mas não consigo imaginar carne de porco para fritar,
grelhar ou assar sem pimentão.
Durante perto de 30 anos,
num talho do Mercado de Arroios, comprei massa de pimentão, fabrico caseiro
que o dono, por sinal beirão, garantia que vinha directamente
do Alentejo.
Verdade ou mentira o que
sei é que era uma estupenda massa de pimentão.
As grandes superfícies têm
liquidado o pequeno e médio comércio.
A crise tem invadido os mercados municipais de Lisboa.
Menos vendedores de peixe, fruta e legumes, menos floristas, talhos, lojas diversas,todo um pequeno mundo que era o centro dos bairros, um corrupio de, um fervilhar de vozes, um entrecruzar de
conversas.
O talho do Mercado de Arroios há uns tempos
que fechou portas e deixei de ter aquela boa massa de pimentão.
Andei em experiências
várias, todas elas de uma aflitiva desilusão, até que tropecei na amassa de
pimentão Quinta d’Avó.
Não é bem como aquela que
vinha do Alentejo mas está mesmo à porta e, até hoje, não encontrei melhor e o
nome é bem bonito.
No rótulo pode ler-se: preparado à mão em Portugal.
Chapeau!
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