A morte das pessoas de que gostamos provoca um desespero
difícil de controlar, de aceitar.
A morte do actor Philip Seymour Hoffman, está nesse número.
Dentro da nova geração de actores, Hoffman causava-me
admiração. Todos os seus papéis de actor secundário, são de tal nível que logo
o demarcam do restante elenco.
Tudo o que fazia era pelo gosto de representar, de uma
competência e um profissionalismo pouco comuns em Hollywood em que a maioria só pensa no estrelato.
Hollywood nunca lhe deu um óscar pelas inúmeras, e
brilhantes, aparições como actor secundário.
Hollywood é assim… não há volta a dar…
Foi quando ele se decidiu trabalhar arduamente para compor a
figura de Truman Capote e deixar as gentes da Academia sem a mínima
possibilidade de lhe recusar o óscar como melhor actor no filme de BennettMiller
Dava gosto ver Seymour Hoffman, e estarmos sempre á espera
do muito que ainda tinha para nos dar, como actor, como realizador.
Não volta a acontecer.
No domingo, encontraram-no no seu apartmento de Manhattan,
com uma seringa espetada no braço.
Morreu de uma overdose de cocaína.
Legenda: Hoffman no papel de Capote.
Sem comentários:
Enviar um comentário