Quando eu morrer não compliquem o mistério
com pios de coruja.
Não me levem para o cemitério
da morte da Nuvem Suja.
Não me levem para o cemitério
da morte da Nuvem Suja.
Queimem-me, queimem-me numa pira
ao som do Sol azul
para que ninguém simule
lágrimas de mentira.
ao som do Sol azul
para que ninguém simule
lágrimas de mentira.
Que bom ver subir no ar,
nitidamente, a prumo,
este charco a sonhar
uma nuvem de fumo.
nitidamente, a prumo,
este charco a sonhar
uma nuvem de fumo.
José Gomes Ferreira Poesia III, Portugália Editora, Lisboa
Março de 1963.
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