O mais recente relatório da Associação Portuguesa para o Controlo de
Tiragem e Circulação revela que o Correio da Manhã continua a ser o
diário mais vendido em Portugal.
Pela história aqui contada torna-se fácil perceber das
razões do triste sucesso.
Um público muito pouco exigente, que adora o sensacionalismo,
que gosta de mergulhar na podridão de notícias sórdidas, de escândalos merdosos
de gente da sociedade jet-set ou cor-de-rosa, é, desde o primeiro número (19 de
Março de 1979), o painel comprador e leitor da pasquinada.
Foi Mário Soares que um dia (Público 4 de Abril de
2009) contou como nasceu a folheca.
Perante o insucesso de vendas de A Luta, Mário Soares
pediu a Willy Brandt que enviasse alguém a Portugal para explicar como se fazia
um jornal que vendesse.
O especialista chegou e disse:
Se querem ganhar dinheiro, nunca metam política na primeira página e
não metam também notícias importantes, ponham mulheres e crime.
Mário Soares franziu o nariz. Vítor Direito chegou-se à
frente e disse:
Se não querem pegar nisto, eu vou pegar nestas ideias.
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