Na carruagem de primeira classe, um passageiro que acabara de almoçar na estação e estava um pouco embriagado estendeu-se no divã de veludo, espreguiçou-se com deleite e dormitou. Nem cinco minutos depois, abriu o olho oleoso para o seu vis-à-vis, sorriu e disse:
- O meu pai que Deus tenha gostava que, depois do almoço, as servas lhe coçassem os calcanhares. Eu saí ao meu pai, mas com uma diferença: depois do almoço não coço os calcanhares mas sim a língua e os miolos. Eu, homem pecador, gosto de tagarelar empanturrado. Dá-me licença que converse um pouquinho consigo?
- Faça o favor - anuiu o outro.
- O meu pai que Deus tenha gostava que, depois do almoço, as servas lhe coçassem os calcanhares. Eu saí ao meu pai, mas com uma diferença: depois do almoço não coço os calcanhares mas sim a língua e os miolos. Eu, homem pecador, gosto de tagarelar empanturrado. Dá-me licença que converse um pouquinho consigo?
- Faça o favor - anuiu o outro.
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