No dia 5 de Janeiro de 2008 o Sr. Luiz José Gomes Machado Guerreiro
Pacheco deixou-nos.
Tinha 82 anos
Gostava das Variações
Goldberg.
Tinha um lema: não me lixem, não me chateiem.
Toda a vida o desprezaram.
Chamaram-lhe todos os nomes.
Arrisca-se a ficar na História da Literatura.
E é bem feito.
As vezes que ele disse que ia morrer, que andava já por cá a demorar-se
muito.
A anunciada morte acabou por acontecer.
Não quero que ela me apanhe a dormir. Quero vê-la chegar.
Foi no Montijo.
Provavelmente ter-se-á lembrado do que um dia, por outra história, escreveu na Literatura Comestível:
Nunca senti tanto frio como nesse dia!
Foi no Montijo.
Provavelmente ter-se-á lembrado do que um dia, por outra história, escreveu na Literatura Comestível:
Nunca senti tanto frio como nesse dia!
Ninguém contou como a morte o encontrou.
Não importa nada.
Importa o que ele da vida disse:
Se valeu a pena?... O que eu posso dizer a isso?... Foi como foi.
Neste-sítio.mal-frequentado-à-beira-mar-plantado, cada vez há menos Pachecos.
Legenda: pormenor da capa de Literatura Comestível de Luiz Pacheco, Editorial Estampa, Lisboa, 1972
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