Os governantes, os
intelectuais esqueceram que, há 500 anos, nascia um dos maiores vultos da
História portuguesa: Luís Vaz de Camões.
Na estrofe 145 do Canto X
de Os Lusíadas ele lembra a austera, apagada e vil tristeza das gentes
portuguesas e agora que, a passos muito rápidos, se aproxima o dia das eleições
para novo governo da nação, lembrar às mesmas gentes algo que Henrik Ibsen
disse: «prometer mudança, aafinal de contas, resume-se a mentir, por muito
respeitável que seja quem promete.»
No topo do texto, apresenta-se
a estrofe 145 do Canto x tirada da 5ª
edição de Os Lusíadas, organizada por Emanuel Paulo Ramos para a Porto Editora s/d, por onde,
começos dos anos 60, dividi orações e estudei as mais diversas aventuras gramaticais camoneanas e a lápis ainda estão
as notas tomadas no decorrer das aulas.
Este poema foi o pesadelo de muitos estudantes que passaram a odiar a poesia e acabando por não reconhecer, desconhecer Luís de Camões como um enorme nome da nossa literaturaa.
1.
São muito maus os políticos que, nas últimas
duas décadas, pelo menos, têm dirigido os destinos da Europa.
Esta semana, o presidente Macron, olhando o
descalabro trágico dos dias na Ucrânia disse, numa reunião em Paris de líderes
da União europeia e da NATO formou a opinião de que, para além de ajuda
monetária e de armas e munições, a Nato deveria começar a pensar em enviar militares
para a Ucrânia.
Declaradamente nenhum líder se mostrou favoravelmente à ideia, mas soube-se, pelos corredores, que membros dos países do leste europeu, sentados nas cadeiras do parlamento europeu, seriam favoráveis à ideia.
Como também não nos podemos esquecer que,
nas próximas eleições europeias, a extrema direita aumentará, quase brutalmente,
o número de deputados.
2.
Portugal exportou menos quantidade de azeite
mas, com a inflação, acabou por ultrapassar a barreira dos 1000 milhões de
euros.
Contudo em Portugal a subida do preço do azeite
está a provocar uma quebra no consumo. O preço já ultrapassa os 10 euros por
litro.
3.
No conjunto dos 27 países da União Europeia, Portugal é o país que está envelhecer a um ritmo mais rápido: 25% das pessoas com mais de 75 anos vivem sozinhas.
4.
No ano passado fecharam 16 lojas históricas de Lisboa, o número mais alto dos últimos anos.
O Restaurante Bota Alta, desde 1976, no Bairro Alto, será a próxima.
«Estamos a assistir a uma desfiguração total do Bairro Alto e também da cidade. Uma autêntica bandalheira, para a qual temos alertado, nos últimos dez anos, mas em relação à qual nada tem sido feito», acusa Paulo Cassiano, gerente do restaurante que encerrará devido ao aumento da renda mensal pedido pelo senhorio. De 1300 euros passaria para 11 mil.
5.
“Queria agradecer
daqui, deste comício, ao meu amigo
Pedro Passos Coelho por ter conseguido em poucos minutos explicado
a Luís Montenegro tudo o que eu ainda não consegui explicar em dois anos de
liderança”, disse perante os mais de 300 apoiantes que se reuniram numa sala de
eventos em Sever do Vouga. Aos olhos do líder do Chega, o que Passos fez foi um
“bom serviço à democracia”, que resumiu em poucas palavras: “Acho que Pedro
Passos Coelho fez bem em ter vindo para dizer à direita e aqueles que se dizem
de direita que o caminho não é por aqui. Basicamente o que Pedro Passos Coelho
disse foi ‘ponham os olhos no Chega’.”
Pouco antes, aos jornalistas, tinha sublinhado que “em 20 minutos Passos Coelho explicou a Montenegro como é que há dois anos devia fazer no PSD”, nomeadamente ao levar para o debate temas como a imigração, a ideologia de género e até a estabilidade governativa.
6.
Nos últimos cinco anos houve 10 008 profissionais que se reformaram no SNS e, destes, 3226 são médicos. O presidente da Associação dos Administradores Hospitalares lembra que o pico das reformas ainda está para chegar.
7.
Nas últimas legislativas, em 2022, a percentagem de eleitores que apenas decidiram o voto no dia das eleições foi de 14%, ou seja mais de 750 mil pessoas;
8.
Exportações portuguesas vão para países vizinhos para contornar sanções à
Rússia
De repente, de 2021 para 2023, as exportações portuguesas de produtos químicos
para o Quirguistão passaram de apenas 100 euros para mais de 80 mil euros e as
vendas de todos os bens nacionais para esse país passaram a ser quase oito
vezes maiores do que eram. A explicação? Exportar bens para o Quirguistão e
para vários outros países próximos da Rússia parece estar a ser uma forma de as
empresas europeias, incluindo as portuguesas, passarem ao lado das sanções
impostas ao comércio com a Rússia por causa da guerra na Ucrânia.
9.
A ideia de que Donald Trump está a ser usado por Deus para moralizar a América,
mesmo por causa e apesar de todos os seus defeitos, é uma crença tão forte que
quase faz equivaler o trumpismo a uma religião. Assente nesse dogmatismo, os
defeitos de carácter e os processos judiciais de Trump não abalam a convicção
de que todos nós somos pecadores à espera de ser redimidos e que o
ex-Presidente dos Estados Unidos é o escolhido por Deus para esta cruzada.
David P. Gushee, catedrático de Ética social
cristã na Universidade Livre de Amesterdão, disse: “Se procuras uma
justificação para alguma coisa, normalmente vais encontrá-la. Por isso, a ideia
de que Trump é muito provavelmente a escolha por causa da sua má folha de
serviço é uma prova ainda maior de que Deus o deve ter escolhido porque só Deus
faria algo tão grandioso, não é assim?”
10.
«Quando um país
já não tem anéis, sobram os dedos. Sempre houve gente nos governos capaz de
trocar o interesse público por 30 dinheiros. Agora trata-se de espoliar pessoas
dos seus bens e destruir a biodiversidade para enriquecer uma minoria em nome
de álibis "verdes". No passado, o poder de interesses influentes
arruinou a ferrovia, plantou autoestradas para ninguém, e pontes nos sítios
errados. Agora querem fazer de Portugal o Congo europeu do lítio e do
hidrogénio. Não é só mais uma crise do regime. O país está cada vez mais
vulnerável.»
Vitorino Soromenho Marques
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