Esta noite sonhei com o Luiz Pacheco – muito fino, de
«smoking», num elevador espaçoso do prédio onde mora o João José Cochofel.
Íamos só nós os dois.
Depois de felicitá-lo por se encontrar solto, pedi-lhe
se me autorizava a oferecer-lhe 100 escudos – o que ele aliás aceitou (e ainda
bem!) com solenidade de me fazer um favor.
Quando o elevador se deteve, disse-lhe (razão do
sonho?):
- Olhe que não fiquei zangado com a carta que me
escreveu em tempos. Embora discorde de alguns pontos claro…
Deixei-o num patamar, com a sensação de que o Luiz
Pacheco andava a vender tapetes-talento aos domicílios.
De «smoking».
José Gomes
Ferreira em Dias Comuns, Volume V.
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