Um disco que arrepia, dizia o meu pai cada vez que lhe pegava.
No seu entender não seria fácil voltar a juntar, num só disco, gente de tanto gabarito: Beethoven, David Oistrakh, Mstislav Rostropovich, Sviatoslav Richter e Herbert Karajan dirigindo a Orquestra Filarmónica de Berlim.
Uma das jóias da coroa da discoteca da casa.
O meu pai haveria de gostar de saber que David Oistrakh, recusou uma recepção da Marquesa do Cadaval, para ir ao Estádio da Luz ver o Benfica e o Eusébio. Marquesas do Cadaval hávia muitas espalhadas pelo mundo, Eusébio era só aquele.
A história conta-a o José Gomes Ferreira no 4º volume dos seus “Dias Comuns”:
«O incomparável violinista soviético David Oistrakh está em Lisboa. E ontem, depois de um concerto triunfal no Império, foi convidado para uma recepção em casa da Marquesa do Cadaval.
O russo porém recusou e preferiu ir assistir a um desafio de futebol em que jogava o Eusébio – hoje o português mais conhecido em todo o mundo pela maneira como joga à bola.
- O Choskatovich ainda gosta mais de futebol do que eu – confidenciou o genial violinista não sei a quem.»
O russo porém recusou e preferiu ir assistir a um desafio de futebol em que jogava o Eusébio – hoje o português mais conhecido em todo o mundo pela maneira como joga à bola.
- O Choskatovich ainda gosta mais de futebol do que eu – confidenciou o genial violinista não sei a quem.»
A marcar a página do livro do Zé Gomes, está um velho anúncio do Diário de Notícias de 16 de Agosto de 1968 dando conta da participação de Igor Oistrakh, filho de David Oistrakh, no XII Festival de Sintra.
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