Pelo menos uma vez por ano, a música sacra leva-me a campos de lírios que olho, mas não frequento.
Na quinta-feira, na Gulbenkian, a Grande Missa em Dó Menor, K. 427 de Wolfang Amadeus Mozart
Não sou de credos nem religiões.
Vivo bem com a fé e as religiões dos meus semelhantes
Tanto como gostaria que respeitassem não os acompanhar na fé que têm
Há que dizer que tive a sorte, - que lhe poderei chamar? - de me caírem nas mãos, livros e autores que me contaram a história de uma outra maneira.
Lembro uma entrevista de António Gedeão, aproximavam-se os seus últimos tempos de vida:
Claro que eu não sou capaz de perguntar quem criou isto tudo. Por isso, não pergunto.
Ou o meu avô paterno dizendo, ou alguém por ele, que os milagres são mais próprios dos homens do que dos deuses.
Em 1783, perante a doença grave da sua mulher, Mozart terá feito uma promessa a Deus: no caso de Constance Weber recuperara, comporia uma grande missa em agradecimento. Constance recuperou e Mozart lançou-se à criação de uma obra monumental que, por razões desconhecidas não chegou a terminar. No entanto, mesmo incompleta, a Grande Missa em Dó menor chegou a ser apresentada na Abadia de Saint-Pierre de Salzburgo, tendo Constance cantado as partes de soprano. É, de pleno direito, uma das obras-primas do compositor de Salzburgo.
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