terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O ÚLTIMO ACTO


Capa do JL 1101 de 12 a 25 de Dezembro em que Joaquim Benite, um dos nomes mais destacados do teatro português do século XX, recentemente falecido, é evocado.
As últimas notas que escreveu, os que com ele trabalharam e deixaram textos evocativos. Yvette Centeno, um poema:
A Joaquim Benite no seu Olimpo
(In Memoriam)
Chora o Olimpo
o valoroso herói,
caiu junto aos portões
da cidade de Atenas
Caronte não o deseja:
não aceita as moedas,
a sua luz mais forte
ofuscaria a treva
da memória…
Dionísios vem busca-lo
com as suas bacantes:
ele sobe triunfante
com o Rei do cortejo…
Vénus abre-lhe o colo
de abraços generosos
e Hermes cede-lhe as asas
para poder voar…
Zeus entrega a coroa de fogo
reservada aos heróis:
o Olimpo é o Reino
de memória perpétua
onde não há Carontes
receosos…

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