Sempre gostei de ter livros que completassem o conhecimento de gente que muito aprecio.
Yves Montand era o cantor francês preferido do
Armindo que um dia, para não vestir a bombazina verde dos militares da guerra
colonial, fugiu para Grenoble. Nunca mais soube dele. Lamento muito.
Por um
dois seus amigos, pelo mesmos motivos, Eduardo Guerra Carneiro perguntava: «De que cor
são os lagos da Suiça?»
O meu pai
encantava-se com Edith Piaf, ainda andou às voltas com Mireille Mathieu mas foi
apenas um breve entusiasmo, eu ouvia Adamo, Les Chats Sauvages, Charles
Aznavour, Gilbert Bécaud e só mais tarde encontrei os LPs do Yves Montand nas
mãos do Luís Miguel Mira.
Sobre a tal frase do Fitzgerald, citada por aqui, Montand considerava-a uma reflexão
lúcida, uma refexão que magoa.
«É verdade que não há esperança. Vendo bem
que posso eu fazer? Pelos operários da fábrica Renault, por exemplo, nada. E
eles também nada podem fazer por mim. Só eles poderão descobrir uma solução
para os seus problemas. Eu apenas posso manifestar-lhes uma forma de simpatia,
com uma estreita margem, de resto, para nãp cair na demagogia. Posto isto, é
verdade que devemos tentar mudar as coisas. É uma das principais razões da
nossa vida.»
1 comentário:
Palavras sábias!
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