sábado, 27 de maio de 2023

O OUTRO LADO DAS CAPAS


Sempre gostei de ter livros que completassem o conhecimento de gente que muito aprecio.

 Yves Montand era o cantor francês preferido do Armindo que um dia, para não vestir a bombazina verde dos militares da guerra colonial, fugiu para Grenoble. Nunca mais soube dele. Lamento muito.

Por um dois seus amigos, pelo mesmos motivos, Eduardo Guerra Carneiro perguntava: «De que cor  são os lagos da Suiça?»

O meu pai encantava-se com Edith Piaf, ainda andou às voltas com Mireille Mathieu mas foi apenas um breve entusiasmo, eu ouvia Adamo, Les Chats Sauvages, Charles Aznavour, Gilbert Bécaud e só mais tarde encontrei os LPs do Yves Montand nas mãos do  Luís Miguel Mira.

Sobre a tal frase do Fitzgerald, citada por aqui, Montand considerava-a uma reflexão lúcida, uma refexão que magoa.

«É verdade que não há esperança. Vendo bem que posso eu fazer? Pelos operários da fábrica Renault, por exemplo, nada. E eles também nada podem fazer por mim. Só eles poderão descobrir uma solução para os seus problemas. Eu apenas posso manifestar-lhes uma forma de simpatia, com uma estreita margem, de resto, para nãp cair na demagogia. Posto isto, é verdade que devemos tentar mudar as coisas. É uma das principais razões da nossa vida.»

1 comentário:

Seve disse...

Palavras sábias!